quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Poemeto a Lobivar Matos.

Ainda desconheço
a manhã que Areotorare cantou
o samba que você me avizinhou
o vir a ser da terra que tanto amou
Quando a poesia inundar os pantanais

A natureza com o rio aos pés
A primazia dos jacarés
Vamos nos encontrar na madrugada
A boemia reavivada
Cantar com putas nos bordéis.

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* LOBIVAR MATOS(1915-1947)

Poeta quase desconhecido mas em fase de redescobrimento e estudo em seu estado de origem – o Mato Grosso do Sul, foi um fenômeno. Escreveu seus livros Areôtare e Sarobá, antes dos 20 anos de idade, na vanguarda de nosso Modernismo. É possível ver nele as influências de Manuel Bandeira e de Raul Bopp mas sua lavra é muito original. Usa o coloquialismo brasileiro com naturalidade. Seu versilibrismo é original, com acentuada cor telúrica, regional, às vezes de forma ingênua, mas militante pela denúncia das mazelas e das precariedades da vida das populações ribeirinhas na zona fronteiriça de Corumbá.
fonte: http://www.antoniomiranda.com.br/