sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Camaleão Caolho

Azimute de mamute
Globo oscular
Camaleão Caolho
Néctar de Gibraltar!
Hálito de rio, mel de cobre
Camaleão por onde corre
O mato se curva
Tem pacto com o demo
Amigo de viciadas prostitutas
Erguidas das catatumbas
É frescor de azedume
Com descolor de Fanta Uva
Camaleão é Touro Sentado
É Samora, é Hai-Kai
Quando ele caminha
De algum lugar ele sai
Pustula reluzente entre dardos envenenados
Aldeia de convés virado
Coração de frangos empalados
Camaleão Caolho
Vê tudo errado
Vê pelo rêgo
Com o olho furado
E o olho que enxerga 
Sempre está enganado

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